A Venezuela denunciou nesta quarta-feira (15) um ataque ao seu consulado em Oslo, na Noruega. Esta é a sexta denúncia da chancelaria de Nicolás Maduro contra sedes diplomáticas do país desde o último fim de semana.
“No dia de hoje nossa sede diplomática em Oslo, Noruega, foi invadida e vandalizada por indivíduos fascistas que se encarregaram de deixar claro a que interesses respondem”, escreveu o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil.
Fotos publicadas pelo representante da diplomacia venezuelana mostram o escritório do consulado com objetos revirados, um cofre aberto com passaportes jogados no chão, além de cartazes anunciando uma recompensa por informações que levem à captura de Nicolás Maduro.
“A responsabilidade da inviolabilidade das sedes diplomáticas é do Estado Receptor, esperamos que as autoridades encontrem imediatamente os responsáveis desses atentados”, escreveu o chanceler venezuelano.
Na última segunda-feira (13), Gil denunciou ataques com bombas e pichações a cinco consulados venezuelanos. De acordo com a chancelaria venezuelana, foram atacadas sedes diplomáticas do país em Lisboa, em Portugal, Frankfurt, na Alemanha, Medellín, na Colômbia, Vigo, na Espanha, e San José, na Costa Rica”.
“Pedimos [às autoridades locais] celeridade nas investigações para encontrar os responsáveis e que seja garantida a integridade de nossas instalações como estabelecido na Convenção de Viena”, diz o texto publicado pelo chanceler.
Nas fotos dos primeiros ataques, é possível ver uma bandeira venezuelana pichada com o nome “Edmundo”, em relação ao ex-candidato Edmundo González, que segundo as atas eleitorais publicadas pela oposição, teria ganhado o pleito presidencial de julho, pichações e cartazes colados nas fachadas das sedes.
Nas imagens, também é possível ver um foco de incêndio na varanda de um dos edifícios. O consulado venezuelano em Lisboa foi atacado com um artefato explosivo na madrugada de sábado (11), horas após a posse de Maduro.
O ministro das Relações Exteriores português, Paulo Rangel, condenou o ataque e ordenou um “reforço imediato da segurança e a correspondente investigação policial”, segundo comunicado da chancelaria portuguesa.
“É um ato intolerável. A inviolabilidade das missões diplomáticas tem de ser respeitada em todos os casos”, diz o texto.
O governo de Nicolás Maduro atribuiu os ataques à oposição, através dos “comanditos”, que eram grupos organizados para a campanha eleitoral.