Os Estados-membro da União Europeia ampliaram nesta sexta-feira (10) as sanções contra a Venezuela para incluir 15 integrantes do Conselho Eleitoral Nacional, do judiciário e das forças de segurança.
Um total de 69 venezuelanos agora são alvos de sanções da UE, incluindo um congelamento de ativos e uma proibição de viagens para países do bloco.
Além disso, Reino Unido e Canadá também anunciaram sanções nesta sexta.
O presidente Nicolás Maduro e seu governo sempre criticaram as sanções dos Estados Unidos e outros países, afirmando que são medidas ilegítimas que equivalem a uma “guerra econômica” projetada para paralisar a nação.
Essas ações acontecem no dia da posse de Maduro para um terceiro mandato, em meio a tensão e acusações da oposição de que a eleição foi roubada.
Eleições presidenciais contestadas
Diversos países contestaram a vitória de Maduro nas eleições presidenciais de 28 julho de 2024.
O líder chavista e Edmundo González, candidato da oposição, afirmam terem sido eleitos.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, um órgão apoiado pelo chavismo, declarou formalmente Maduro como vencedor sem fornecer a contagem dos votos.
A oposição contestou e divulgou resultados recolhidos em todo o país, dizendo que provavam que González venceu por uma vitória esmagadora.
Analistas independentes concluíram que as contagens publicadas pelos opositores são provavelmente válidas, e vários países, incluindo os Estados Unidos, reconheceram Gonzalez como presidente eleito nos últimos meses.
Milhares de venezuelanos protestaram contra os resultados logo após a votação, exigindo transparência. Muitos marcharam nas ruas e entraram em confronto com a polícia.
González, que se exilou na Espanha, promete regressar à Venezuela para formar um novo governo e evitar um novo mandato de Maduro.
No início desta semana, ele instou os militares a reconhecê-lo como seu comandante-chefe e “acabar com a liderança” do atual presidente, que está no poder desde 2013.