O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta quinta-feira (15) que vê uma necessidade de desaceleração da atividade econômica para conter a alta da inflação.
“Há uma necessidade de desaceleração para garantir que não tenhamos um descolamento do processo inflacionário. É saudável ter uma atividade econômica dinâmica, com crescimento, mas ela tem que ser compatível com o bom equilíbrio inflacionário”, declarou Ceron.
Em 2024, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, encerrou em 4,83%, acima da meta de 3%, com margem de tolerância de 1,5% — ou seja, até 4,5%.
Uma das formas de desacelerar a atividade econômica, que é a utilizada pelo Banco Central, é o aumento da taxa básica de juros, a Selic.
Com uma taxa mais alta, o crédito encarece e desestimula o consumo e os investimentos, reduzindo a pressão sobre os preços.
Segundo Ceron, o trabalho conjunto entre BC e Fazenda deve continuar em 2025.
“Quanto antes agirmos, mais rápido e menos doloroso é o processo. Precisamos ter o cuidado para garantir que o BC cumpra seu papel o mais rápido possível, para termos taxas de juros mais civilizadas. Essa harmonização entre o trabalho do BC e da política fiscal como um todo vai ser muito reforçada em 2025”, afirmou.
Veja os 5 sinais de que as contas públicas do Brasil estão em risco
Acompanhe Economia nas Redes Sociais