O chefe de comunicação social da Polícia Militar de São Paulo, coronel Émerson Massera, classificou os recentes casos de violência policial como “um absurdo que nos envergonha”. Em entrevista à CNN, Massera abordou os incidentes que foram alvo de críticas do governador do estado, Tarcísio de Freitas, e do Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.
Massera reconheceu a gravidade das situações, afirmando: “É um absurdo, é um absurdo que nos envergonha, que nos constrange e, realmente, nós não podemos tolerar esse tipo de conduta, esse tipo de trabalho”. O coronel destacou que, apesar da taxa de não conformidade ser extremamente pequena, quando ocorrem, esses casos trazem cenas constrangedoras para a corporação.
Investigação e medidas disciplinares
O porta-voz da PM detalhou as ações tomadas em relação a um incidente específico na zona Sul de São Paulo, onde um policial arremessou uma pessoa de uma ponte. “Nós afastamos imediatamente esses 13 policiais envolvidos na operação”, informou Massera. Ele acrescentou que um inquérito policial militar foi instaurado antes mesmo das imagens se tornarem públicas.
Segundo Massera, a corregedoria assumiu o caso e está ouvindo testemunhas e coletando provas. Os policiais envolvidos permanecem afastados e à disposição da corregedoria, realizando expediente administrativo até que os fatos sejam esclarecidos e as condutas individualizadas para a devida responsabilização.
Transparência e prestação de contas
O coronel enfatizou o compromisso da PM com a transparência: “Nós temos pautado o nosso trabalho aqui na transparência absoluta, na prestação de contas, entendemos que isso é extremamente importante, seja em bons momentos, seja em momentos como esse”. Ele reconheceu que essa postura pode colocar a corporação em posição de ter que justificar muitas ações, mas afirmou preferir isso como forma de prestação de contas à sociedade.
Massera também destacou a qualidade da formação dos policiais militares de São Paulo, afirmando que a corporação é referência mundial em treinamento. No entanto, admitiu que situações como as recentes acabam envergonhando a instituição devido à atitude de alguns que “estão usando farda, mas que não estão corroborando com os valores, com os princípios da Polícia Militar.”
Caso da ponte
Segundo informações apuradas pela CNN, o caso teria ocorrido na madrugada desta segunda-feira (2), na região de Cidade Ademar, zona sul da cidade. Nas imagens, é possível ver um policial pegando uma moto que está no chão e levantando. Outros dois agentes se aproximam.
Depois, o primeiro PM encosta a moto perto da ponte. Na sequência, um quarto policial militar chega trazendo o homem. Ele se aproxima da beirada da ponte, segura o homem pela camiseta e o joga no rio.
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Ponte de onde os policiais militares jogaram homem após abordagem fica no bairro de Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo • Reprodução/Google Street View
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Ponte de onde os policiais militares jogaram homem após abordagem fica no bairro de Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo • Reprodução/Google Street View
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Ponte de onde os policiais militares jogaram homem após abordagem fica no bairro de Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo • Reprodução/Google Street View
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Ponte de onde os policiais militares jogaram homem após abordagem fica no bairro de Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo • Reprodução/Google Street View
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Ponte de onde os policiais militares jogaram homem após abordagem fica no bairro de Cidade Ademar, na zona sul de São Paulo • Reprodução/Google Street View
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Ponte de onde os policiais jogaram homem após abordagem fica perto da divisa da cidade de São Paulo com o município de Diadema • Reprodução/Google Maps
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Tiro nas costas
Novas imagens das câmeras de monitoramento do mercado Oxxo, na Avenida Cupecê, no bairro Jardim Prudência, zona Sul de São Paulo, mostram que Gabriel Renan da Silva Soares foi executado pelas costas pelo policial militar Vinicius de Lima Britto, em 3 de novembro deste ano.
A versão inicial apresentada pelo PM era de que o jovem teria feito menção de estar armado, o que, na versão dele, justificaria os disparos. Um atendente do mercado corroborou essa narrativa, alegando que Gabriel teria dito: “Não mexe comigo, que estou armado, não quero nada do que é seu.”
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