Uma operação conjunta realizada nesta sexta-feira (29) pelas polícias Civil e Militar do Rio Grande do Sul resultou nas prisões de 11 pessoas suspeitas de participarem da facção responsável pela morte de Jackson Peixoto Rodrigues, que foi assassinado dentro da Penitenciária Estadual de Canoas no último sábado (23) e seria integrante de uma facção rival.
“Entre os 11 presos hoje nós temos os executores, pessoas que programaram e organizaram esse ataque e outros indivíduos envolvidos nesse grupo criminoso”, afirmou o delegado Mário Souza, diretor do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). “Todos os membros do grupo criminoso participaram indiretamente ou diretamente do evento no presídio”, completou.
Além disso, os alvos da operação também seriam responsáveis por outro homicídio contra um rival de facção, ocorrido na zona sul de Porto Alegre no mês de setembro. Vídeos obtidos pela polícia demonstram o modus operandi da facção ao cometer o crime no meio da rua, à luz do dia.
Rafael Teles da Silva, conhecido como Sapo, já estava preso e é suspeito de ter sido mandante dos dois crimes por meio de videochamadas. Ele é apontado pela polícia como um dos líderes dessa facção criminosa e foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília na quinta-feira (28).
Também foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre; Canoas, também na região metropolitana da capital e Gramado Xavier, na região central do estado. Entre as apreensões, estão armas e drones.
“Na casa de um dos membros do grupo criminoso desse líder, foram encontradas várias caixas, manuais, controles e rádios comunicadores de drones”, conta o delegado. A partir de agora, a polícia também vai trabalhar para sufocar a facção nos bairros em que atua na capital gaúcha.
Relembre o caso
No último sábado (23), Jackson Peixoto Rodrigues morreu alvejado por sete tiros dentro da cela onde estava preso, na Penitenciária Estadual de Canoas. De acordo com a polícia, outro preso usou uma pequena janela na porta para efetuar os disparos. A principal suspeita é de que um drone tenha levado a arma até o presídio.
Depois do episódio, o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, disse que houve uma falha de segurança na penitenciária e que as forças de segurança estão investigando como a arma entrou no presídio.