Mais de 100 passageiros foram impedidos de embarcar em um cruzeiro temático de luxo no porto de Santos (SP) na última quinta-feira (20). O navio Costa Pacífica, fretado para o festival “Energia On Board”, impediu o embarque dos passageiros, alegando o chamado overbooking.
A embarcação teve como destino a cidade de Angra dos Reis (RJ) e voltou para Santos no último domingo (23). Passageiros relataram ter esperado em pé por 14 horas para poder embarcar.
O overbooking ocorre quando empresas vendem mais serviços do que sua capacidade real de fornecer.
O cruzeiro prometia shows de grandes nomes dos anos 1980, como Paulo Ricardo, Sandra de Sá e Jon Secada. Segundo apuração da CNN, os passageiros, que desembolsaram entre R$ 5.000 e R$ 12 mil pelas cabines, relataram horas de espera, falta de informação, água e alimentação.
Muitos, como o influenciador digital Wallace “Pulga”, perderam voos e acumularam gastos extras com estacionamento, que segundo ele, custava R$ 250. “É uma frustração psicológica geral, todo mundo revoltado”, desabafou Pulga em suas redes sociais, relatando ainda que muitos desistiram e foram embora.
Ele compartilhou vídeos que mostram a situação enfrentada pelos passageiros. Veja abaixo:
Procurada pela CNN, a Costa Cruzeiros, responsável pelo navio, que alega que o overbooking foi causado pela On Board Entretenimento, empresa que fretou o navio e era responsável pela lista de passageiros.
“A Costa esclarece que, no âmbito dos acordos com a organização do fretamento, a administração deste cruzeiro e o envio da lista de passageiros para embarque são de responsabilidade exclusiva do afretador, o organizador do evento. A Costa aconselha aos hóspedes interessados a entrarem em contato com o afretador, responsável pelo evento a bordo.”
A On Board Entretenimento foi procurada, mas não respondeu. O espaço segue aberto para manifestações.
A polícia investiga um homem de 40 anos, suspeito de vender mais passagens do que o permitido para o cruzeiro. Seis vítimas registraram boletim de ocorrência. O caso foi registrado como estelionato pela 5ª Delegacia de Atendimento ao Turista (Deatur).
* Sob supervisão