Casa Policia ONG suspeita de elo com o PCC nega acusações e diz que atua de forma legal | CNN Brasil

ONG suspeita de elo com o PCC nega acusações e diz que atua de forma legal | CNN Brasil

por Vitor Bonets
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Alvo de uma operação policial na última terça-feira (13), a ONG Pacto Social & Carcerário, que, segundo as investigações, é suspeita de ter ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), publicou uma nota em que nega as acusações e alega atuar de forma legal. A manifestação ocorreu por meio de nota publicada nas redes sociais.

“Fomos surpreendidos por uma notícia que menciona uma operação conjunta da Polícia Civil e do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que teria como alvo nossa ONG e alguns advogados envolvidos”, diz a entidade.

“É importante esclarecer que a nossa ONG atua de forma transparente e legal, sempre pautada pelo respeito aos direitos humanos e pela busca de soluções para os problemas enfrentados por detentos e suas famílias”, acrescentou.

A postagem sugere que a operação policial possa ter sido uma represália à participação de diretores da entidade no documentário “O Grito – Regime Disciplinar Diferenciado”, que estreou no ano passado em uma plataforma de streaming. O filme denuncia problemas no sistema carcerário.

“O documentário em questão reflete nosso comprometimento com essa causa, evidenciando a necessidade urgente de reformas e uma gestão mais humanizada da política criminal no Brasil.”

“Reiteramos que a crítica ao sistema prisional não deve ser interpretada como uma afronta aos agentes de segurança, mas sim como um chamado à reflexão sobre as condições desumanas enfrentadas por milhares de pessoas”, acrescentou.

A CNN entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública e com o MP sobre o posicionamento da ONG, mas não obteve retorno até o momento.

A operação

A ação policial contra a ONG ocorreu na manhã da última terça. Foram cumpridos 12 mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão contra os suspeitos nas cidades de São Paulo, Guarulhos, Presidente Prudente, Flórida Paulista, Irapuru, Presidente Venceslau e Ribeirão Preto, no estado paulista, e em Londrina, no Paraná.

Segundo a polícia, as investigações começaram há cerca de três anos, quando um visitante da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau tentou entrar com cartões de memória escondidos nas roupas.

Conforme o apurado, os advogados são os responsáveis pelo setor dos “gravatas”, os quais têm a função de assistência jurídica, além de gerenciar outros departamentos da organização criminosa, como os da “saúde”, para selecionar médicos e dentistas para prestar atendimento dentro das penitenciárias.

* Sob supervisão

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