O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que a próxima medida que será tomada frente ao imbróglio com os aplicativos de mobilidade é pedir o custeio das despesas médicas de vítimas de acidentes.
Desde a última semana, Nunes tem enfrentado dificuldades com o funcionamento do serviço de mototáxi pela 99 e, recentemente, pela adesão da Uber.
Inclusive, nesta quarta (22) o prefeito de São Paulo ingressou com uma queixa-crime contra as empresas pelo descumprimento do decreto municipal que proíbe a atividade em território paulistano.
“A gente vai partir para uma outra etapa, que é buscar a responsabilização para que eles paguem para a Prefeitura de São Paulo todos os custos de urgência, emergência, cirurgia, prótese, de tempo que ficam internados, e para as famílias que ficam sem sua renda pelo momento de tratamento. Hoje, temos quase 300 pessoas só no centro de reabilitação, fora as pessoas que perderam suas vidas”, comentou.
Nunes também disse que ao responsabilizar as empresas, também dá um respaldo aos prestadores de serviço que não possuem vínculo empregatício.
“Não é justo que eles (motociclistas) façam esse tipo de trabalho precarizado sem nenhuma condição adequada para o motorista, ele sofre o acidente e você fica sem condições de dar atendimento para aquela pessoa no sentido de dar sustento para aquela família e ficam os custos para a prefeitura, que são altíssimos […]. A gente precisa gerar um sistema em que elas sejam responsabilizadas”, avaliou.
O prefeito ainda pontuou que as empresas que estão contrariando as ordens da Prefeitura possuem um alto lucro com outras atividades em São Paulo e que, até, são a maior fatia do orçamento mundial.