Evandro Carvalho, presidente da Federação Pernambucana (FPF-PE), demonstrou indignação com a presença do Mirassol, vice-campeão da Série B, na elite do futebol nacional de 2025.
O dirigente se posicionou de maneira contrária ao sucesso de clubes-empresa no futebol brasileiro, citando também os casos de Novorizontino e Athletic-MG.
“Veja aí, o Mirassol, Série A… Não tenho nada contra o Mirassol, conheço a cidade, mas o que é que danado o Mirassol vai fazer em Série A de Campeonato Brasileiro? Quem é que vai pagar? E quem é que vai investir? Quem é que vai assistir Mirassol jogando Série A? Mirassol não é clube de Série A”, disparou Evandro Carvalho.
“Clube de Série A é Flamengo, Corinthians, não sei o quê, não sei o quê, e no segundo escalão, Paysandu, Remo, Santa Cruz, Sport… Eu não tenho nada contra clube de empresário, não, mas deveria ter regra (a favor de clubes com tradição), como tivemos outrora, na época de Ricardo Teixeira”, opinou o dirigente.
“Nós deveríamos ter travas de segurança que fizessem com que a Série A fosse blindada para privilegiar (clubes com maior torcida). As pessoas acham isso errado, dizem que é politicamente incorreto, mas eu sou pragmático. Imagina se daqui a pouco eu estiver na Série A: Mirassol, Novorizontino, Atlhetic”, completou.
Apesar da postura forte contra clubes-empresa, Evandro Carvalho defendeu a situação do Retrô, que é uma SAF desde o começo de 2023.
“(O clube) coloca três mil pessoas no jogo dele. Nós temos um programa de sócio. Eu sou torcedor do Retrô, (outros) já vão virar sócios do Retrô. Tem estrutura, tem sócio, o Mirassol acho que só o presidente torce”, alfinetou o presidente da FPF-PE.
Vale ressaltar que a média de público do Mirassol durante a disputa da Série B foi de 3.746 torcedores pagantes.
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