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Lula defende combate à desinformação em meio a embate entre STF e Rumble | CNN Brasil

por douglasporto
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira (24) que “as pessoas”, que estavam governando o Brasil antes do início deste mandato dele, só se preocupavam em contar mentiras e, por isso, o país estava “semidestruído”.

“Pegamos esse país semidestruído. […] Se acabou quase tudo nesse país, porque as pessoas que estavam governando não tinham preocupação com o país ou com o povo brasileiro. A preocupação era contar 11 mentiras por dia e, muitas vezes, o povo seguia as mentiras que eles contavam”, destacou.

A afirmação aconteceu dias após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar a suspensão da plataforma Rumble no Brasil, ao verificar a falta de um representante ao tentar intimar a rede social para bloquear o canal do blogueiro de extrema direita, Allan dos Santos.

No discurso, realizado durante a cerimônia de assinatura do contrato de ampliação da frota naval da Petrobras e Transpetro, em Rio Grande (RS), Lula ainda mencionou que “era impensável a gente viver em um país onde o presidente da República fazia questão de contar 11 mentiras por dia, sem levar em conta a qualidade da mentira e sem levar em conta quem estava ouvindo aquelas mentiras”.

O petista tem repetido, nos discursos, que 2025 é o ano da verdade, e que ela vai destruir a mentira, afirmando o compromisso com o combate à desinformação.

“Eu não quero que meus filhos sejam algoritmos, por isso proibimos celulares nas escolas. Eu quero que meu filho seja humanista e não algoritmo, e por isso vamos consertar esse país”, reiterou.

Na última sexta-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes determinou o bloqueio da plataforma Rumble no Brasil.

Na visão do ministro, a plataforma de vídeos cometeu “reiterados, conscientes e voluntários descumprimentos das ordens judiciais, além da tentativa de não se submeter ao ordenamento jurídico e Poder Judiciário brasileiros”.

O Rumble e o grupo de mídia do presidente Donald Trump, Truth Social, entraram com um processo contra Moraes na Justiça dos Estados Unidos, alegando “censura” do discurso político de pessoas alinhadas à direita no país.

As empresas acusam o ministro brasileiro de censurar o posicionamento político nos Estados Unidos e infringir a Primeira Emenda do país, ao ordenar que o Rumble removesse as contas de figuras brasileiras da direita.

O site, que se assemelha ao YouTube — tanto em funcionalidade quanto no visual — foi criado em 2013 e ficou conhecido por não usar algoritmos de filtros nos conteúdos publicados, indo no caminho contrário das redes sociais que, nos últimos anos, estão tentando inibir discursos de ódio e proteger direitos.

No Brasil, diversos influenciadores que divulgam ideias ligadas a políticas da direita começaram a usar a plataforma para compartilhar opiniões, sem terem obstáculos da regulação de conteúdo usadas por outros aplicativos.

A Primeira Turma do STF analisará, na primeira semana de março, a decisão de Moraes que suspendeu o acesso à plataforma Rumble no Brasil.

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