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O jogador do Corinthians, Rodrigo Garro, passou a ser formalmente investigado por homicídio culposo pela Justiça da Argentina após se envolver em acidente de trânsito que deixou um motociclista morto.
Garro compareceu a uma audiência em General Pico, no interior da Argentina, com o juiz Diego Anbroghetti, neste domingo (5), onde prestou depoimento.
O procurador-geral da província de La Pampa, Armando Agüero, e o promotor Francisco Cuenca relataram à CNN que a investigação foi formalizada com base na acusação de “homicídio culposo”.
Também foi solicitada “inabilitação para dirigir”, ou seja, que ele seja proibido de dirigir, considerando “condução imprudente, negligente ou ilegal de um veículo motorizado”.
Ainda segundo o promotor, a princípio, ao contrário do que se esperava inicialmente, não foi considerado na acusação do caso o fato de Garro ter testado positivo para álcool no bafômetro.
A alcoolemia teria sido deixada de fora da investigação pelo fato do índice registrado no teste do atleta ter sido inferior a 1g/L de álcool no sangue. Garro registrou 0,54g/L de álcool ao realizar o teste de alcoolemia.
Dessa forma, a pena máxima que o jogador poderia pegar por homicídio culposo, caso condenado, é de 2 a 5 anos de prisão.
Ele também pode perder a carteira de motorista por 5 a 10 anos. Garro está proibido de dirigir na Argentina ao menos até o fim do julgamento.
Cuenca relatou que a próxima etapa da investigação será a análise de câmeras de segurança do entorno, a tomada de novos depoimentos e a espera pelo resultado da perícia dos veículos e do local do acidente.
Conforme antecipado à CNN, a promotoria não exigiu nenhuma medida de coerção para Garro e o jogador poderá retornar ao Brasil normalmente durante o decorrer da investigação.
Garro não quis, por ora, presença do Corinthians na Argentina
O departamento jurídico do Corinthians, que está em contato direto com o advogado pessoal de Garro, ofereceu a presença de um representante do clube, mas, por enquanto, o meio-campista preferiu que isso não fosse feito.
O Corinthians, diz o VP do clube, segue à disposição do jogador para qualquer assistência e está oferecendo todo o apoio necessário, além de demonstrar solidariedade para família do motociclista.
Como foi o acidente de Garro
O acidente aconteceu durante a madrugada no cruzamento das ruas 300 e 108 de General Pico, cidade natal do jogador corintiano, a cerca de 600 km de Buenos Aires.
Garro dirigia uma caminhonete Dodge RAM quando colidiu com a moto de Nicolás Chiaraviglio, de 30 anos. O motociclista morreu no local do acidente.
À CNN, o procurador Agüero relatou que Garro testou positivo no bafômetro, com um resultado de 0,5 gramas de álcool por litro de sangue, e que na província de La Pampa, a tolerância de álcool para dirigir é zero.
O procurador-geral afirmou que Garro foi detido após o acidente, mas já está em liberdade.
Ele explicou que não houve necessidade do jogador permanecer detido por não demonstrar intenção de fugir, por ser morador da cidade em que o acidente aconteceu e por ter mantido contato com as autoridades desde então.
“Além disso, ele está sem veículo. Foi apreendido”, disse Agüero.
Corinthians acompanha o caso
O Corinthians publicou uma nota, por volta de 11h30 deste sábado, afirmando que “Garro prestou os primeiros depoimentos, foi liberado e já está em sua casa”.
“O executivo de futebol, Fabinho Soldado, e o diretor de negócios jurídicos, Vinicius Cascone, fizeram contato com os advogados e familiares do atleta e manterão contato para mais informações”, acrescentou o clube.
“O clube acompanha as investigações e aguardará a conclusão delas para voltar a falar sobre o caso. O Corinthians presta solidariedade à vítima e aos seus familiares”, concluiu.
O jogador desativou as redes sociais.