Abdul Malik al-Houthi, o líder dos Houthis, grupo do Iêmen apoiado pelo Irã, disse que interromperia os ataques contra Israel e navios de carga no Mar Vermelho se o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas for mantido.
“Continuaremos acompanhando as etapas da implementação do acordo e, em caso de retirada, massacre ou qualquer violação israelense, estaremos prontos para fornecer, imediatamente, apoio militar ao povo palestino”, alertou al-Houthi em um discurso nesta quinta-feira (16).
Essas operações incluem uma variedade de táticas destinadas a intimidar Israel e a pressionar os aliados ocidentais do país.
Embora as defesas aéreas de Israel tenham repelido mísseis e drones Houthis, os ataques contra navios de carga do grupo levaram a uma crise prolongada no setor de navegação do Mar Vermelho, com alguns navios forçados a evitar o Canal de Suez.
Israel, por sua vez, bombardeou o Iêmen e ameaçou matar os líderes Houthis em retaliação aos ataques do grupo.
O gabinete do governo de Israel deve se reunir nesta sexta-feira (17) para votar o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns para a Faixa de Gaza, segundo uma autoridade israelense.
Entenda os conflitos envolvendo Israel
No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.
A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.
Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.
A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.
Israel realiza intensos ataques aéreos na Faixa de Gaza desde 2023, após o Hamas ter invadido o país e matado 1.200 pessoas, segundo contagens israelenses. Além disso, o grupo mantém dezenas de reféns. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
O Hamas não reconhece Israel como um Estado e reivindica o território israelense para a Palestina.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu diversas vezes destruir as capacidades militares do Hamas e recuperar as pessoas detidas em Gaza.
Além da ofensiva aérea, o Exército de Israel faz incursões terrestres no território palestino. Isso fez com que grande parte da população de Gaza fosse deslocada.
A ONU e diversas instituições humanitárias alertaram para uma situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza, com falta de alimentos, medicamentos e disseminação de doenças.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.
Detectar, interceptar: entenda como funciona o Domo de Ferro de Israel