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O corpo do fotógrafo mineiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, foi encontrado na última quinta-feira (9) na França, onde ele estava desde o fim de novembro. O cadáver foi localizado no Rio Sena.
Ainda não há informações sobre traslado do corpo ao Brasil.
Morador de Paris, o filósofo e professor Rafael Basso, que era amigo de Flávio, afirmou à CNN que as informações recebidas são de que o corpo foi encontrado numa cidade distante de Paris e que a identificação foi feita por exame de DNA. A causa da morte foi afogamento.
“O corpo foi encontrado no Sena, que é um rio muito grande, que vai desaguar no mar. A polícia tinha avisado que, dados às condições meteorológicas, o corpo poderia ser encontrado em até seis meses. Apareceu em estado de decomposição avançada e foi reconhecido pelo DNA. Outras análises estão em curso. A polícia descarta violência”, explicou.
Flávio Carrilho, como era conhecido, estava desaparecido desde o dia 26 de novembro do ano passado, quando deveria ter retornaria ao Brasil. Ele foi visto pela última vez no dia em que pegaria o voo de volta para o Brasil. A família diz ter sido informada pela companhia aérea que o check-in para o voo ao Brasil chegou a ser feito, mas o fotógrafo não embarcou.
Nascido em Candeias, no interior de Minas Gerais, Flávio foi à França para uma viagem a trabalho. Ele chegou a Paris no dia 1º de novembro e, após os compromissos profissionais, ficaria por lá para passar as férias até o fim do mês.
Um dia depois do desaparecimento, um homem chamado Alex, que Flávio teria conhecido durante a viagem, entrou em contato pelo Instagram com um amigo do brasileiro e disse que ele havia se acidentado e chegou a ser hospitalizado, mas que havia sido liberado da unidade de saúde no mesmo dia.
Os familiares relataram que foram informados de que, ainda no dia 26, Flávio solicitou a prorrogação, por mais um dia, da estadia no apartamento onde estava hospedado. Ele teria ido ao imóvel e, desde então, não respondeu mais mensagens.
Em comunicado à imprensa, a família acrescenta que, segundo Alex, todos os pertences do brasileiro foram retirados do apartamento, inclusive o passaporte dele. No dia 12 de dezembro, o celular e o computador do brasileiro foram entregues à polícia.
No fim de dezembro, a família de Flávio recebeu uma informação de que o fotógrafo foi visto por uma câmera de rua às margens do Rio Sena.
Celular encontrado em vaso de plantas
Sem notícias do filho, a mãe de Flávio tentou ligar para o celular dele insistentemente. Na madrugada do dia 28, um estranho atendeu o telefone. Por não falar português, essa pessoa passou o celular para um brasileiro que trabalha em um restaurante na capital francesa.
Esse brasileiro, identificado como Denis, “conversou com a mãe e explicou que acharam o celular em um vaso de plantas, por volta das 7h do dia 27 de novembro, na porta do restaurante”, diz a nota enviada pela família.
Uma prima de Flávio relatou no fim do mês que as autoridades francesas analisaram as imagens das câmeras por onde o brasileiro passou e verificaram que foi o próprio Flávio que deixou o celular dele no vaso.
Ainda segundo a prima de Flávio, as câmeras de monitoramento urbano da região fizeram uma rotação em 360º, e em um determinado momento, quando a câmera girou e voltou a focar no mesmo local, o fotógrafo não estava mais lá.
O homem que enviou a mensagem é francês e teria conhecido o Flávio durante a viagem a Paris. Nas últimas semanas, o mineiro chegou a publicar fotos e vídeos com Alex. A CNN entrou em contato com o rapaz, que não comentou o assunto.
A família relata ter sido informada de que, ainda no dia 26, Flávio solicitou a prorrogação da estadia no apartamento onde estava hospedado por mais um dia. Ele teria ido ao imóvel e, desde então, não respondeu mais mensagens.
À época, em comunicado, a família acrescentou que, segundo Alex, todos os pertences do brasileiro foram retirados do apartamento, inclusive o passaporte dele.
Alex fez publicações sobre o desaparecimento do brasileiro. A CNN entrou em contato com o rapaz, mas ele não comentou o assunto.
Quem era o fotógrafo?
Flávio Carrilho, como era conhecido, desapareceu no dia 26 de novembro. Ele sumiu durante uma viagem a Paris, na França, e foi visto pela última vez no dia em que pegaria o voo de volta para o Brasil.
Flávio era morador de Belo Horizonte (MG) e estava na França para uma viagem a trabalho. Ele chegou a Paris no dia 1º de novembro e, após os compromissos profissionais, ficaria por lá para passar as férias até o fim do mês.
O mineiro cursou Artes Plásticas na Escola Guignard, da Universidade do Estado de Minas Gerais. Ele era sócio de Lucien Esteban na empresa Toujours Fotografia, especializada na cobertura de eventos.
Lucien, inclusive, esteve com Flávio em Paris no mês passado, mas voltou antes para o Brasil.
Em seu perfil no Instagram, o profissional se descrevia como amante da fotografia analógica. O mineiro postou, ao longo de novembro, diversas imagens de sua viagem a Paris, registrando pontos turísticos como a Catedral de Notre-Dame, o Museu do Louvre, a Pont des Arts e a Torre Eiffel.
Na última postagem dele, feita um dia antes do desaparecimento, ele aparece com uma câmera fotográfica em frente ao Museu do Louvre.