O Exército israelense disse, na tarde desta segunda-feira (2), que está atacando alvos “terroristas” no Líbano em meio a acusações mútuas de violações do cessar-fogo entre Israel e o grupo armado libanês Hezbollah.
O anúncio dos bombardeios israelenses aconteceu minutos após o Hezbollah lançar seu primeiro ataque contra Israel desde o início da trégua.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou o ataque era “uma violação séria do cessar-fogo” e que seu país “responderia a isso com força”.
O Hezbollah afirmou em declaração que alvejou posições militares israelenses “à luz das repetidas violações iniciadas pelo inimigo israelense do acordo de cessar-fogo”.
O grupo armado acusou Israel de quebrar o cessar-fogo ao “atirar em civis e ataques aéreos em diferentes partes do Líbano, resultando no martírio de cidadãos e ferimentos a outros, além da violação contínua do espaço aéreo libanês por aeronaves israelenses hostis que chegavam à capital, Beirute”.
Israel tem realizado uma série de bombardeios no Líbano desde quinta-feira (28), um dia após a suspensão nos combates começar. Ao menos uma pessoa foi morta em um ataque no sul do Líbano, de acordo com o Ministério da Saúde libanês.
Entenda os conflitos no Oriente Médio
No final de novembro, foi aprovado um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. Isso acontece após meses de bombardeios do Exército israelense no Líbano.
A ofensiva causou destruição e obrigou mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. Além disso, deixou dezenas de mortos no território libanês.
Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e, portanto, inimigos de Israel.
A expectativa é que o acordo sirva de base para uma cessação das hostilidades mais duradoura.
Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.
Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva de Israel, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.
Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.
Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.