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Crise de desconfiança fiscal explica saída recorde de dólares, diz economista ao CNN Money | CNN Brasil

por afonsobenites
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O Brasil enfrentou uma significativa saída de dólares em 2024, com o fluxo cambial registrando um déficit de US$ 15,9 bilhões. Este valor marca a 3ª maior saída líquida anual de dólares do país na série histórica do Banco Central (BC), ficando atrás apenas dos anos de 2019 e 2020.

Carlos Lopes, economista do Banco BV, atribui essa situação principalmente à crise de confiança que o país enfrenta. “O que tem predominado aqui sobre os impactos nos ativos brasileiros, inclusive no câmbio, é esse cenário de grande incerteza sobre a economia local“, explica Lopes.

Intervenções do Banco Central

Para conter a disparidade entre oferta e demanda de dólares, o BC interveio no mercado, utilizando mais de 8% das reservas internacionais do país. Lopes ressalta que essas intervenções são necessárias em momentos de incerteza elevada e baixa liquidez no mercado, como ocorre no final do ano.

“A queima de reserva sempre precisa ser feita de maneira cuidadosa, o nível de reserva é importante, o país tem um nível de reserva elevado justamente para proteger o país, proteger os ativos aqui nesses momentos de incerteza”, afirma o economista.

Desafios para 2025

Com a nova formação do Banco Central, liderada por Gabriel Galípolo, os principais desafios para 2025 incluem o controle da inflação, o câmbio elevado e as expectativas desancoradas em relação às metas.

Lopes acredita que o principal desafio será reduzir a crise de confiança, especialmente em relação à situação fiscal do país.

“O Banco Central tem feito um esforço para compensar parte dessa falta de confiança. Se há falta de confiança na política fiscal, a política monetária, o Banco Central trata de garantir que, pelo menos, o trabalho dos juros para controlar a inflação vai ser feito”, explica o economista.

Impacto inflacionário

O dólar mais valorizado preocupa em relação ao repasse de preços e seu impacto na inflação. O economista alerta que esse efeito já está sendo observado, especialmente em bens industrializados e alimentos.

“A gente está vivendo um momento em que essa inflação começa a acelerar novamente. O problema é que agora ela encontra a inflação de serviços, que é a maior parte da nossa inflação, ainda muito elevada”, pontua o economista.

Apesar da expectativa de uma melhor safra de grãos para 2025, que pode ajudar no PIB e conter parte da pressão inflacionária, Lopes adverte que muitos alimentos são commodities denominadas em dólar, o que mantém a pressão sobre os preços mesmo com aumento da produção local.

O que (e como) o BC pode fazer para derrubar o dólar?

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