O governo federal apresenta nesta terça-feira (18) em evento no Palácio do Planalto a reforma do Imposto de Renda (IR) para isentar do tributo o contribuinte que recebe até R$ 5 mil por mês.
Ao WW, a jornalista Mariana Londres, analista da Fatto Inteligência Política, e Cristiano Noronha, vice-presidente da Arko Advice, apontam que a principal dúvida que ainda resta sobre o projeto é a compensação que o governo vai apresentar à renúncia fiscal.
“A compensação é o ‘X’ da questão. É o que todo mundo está de olho. O mercado está de olho nisso porque a gente não sabe exatamente, o grande temor, se ela vai cobrir essa renúncia estimada em R$ 27 bilhões para 2026”, pontuou Londres.
Nesta segunda-feira (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou a estimativa a jornalistas. O valor é menor do que os R$ 35 bilhões estimados anteriormente.
A redução chama atenção de Noronha, uma vez que já havia avaliações de que a estimativa de impacto anterior já era subestimada. Para o cientista político, por tanto, ainda falta clareza de como essa compensação será realizada.
“Não está muito claro como seria tributado. O Congresso tem resistido a aumento de carga tributária”, ponderou.
O vice-presidente da Arko Advice também aponta para a disputa que pode ser gerada em cima da faixa de isenção, assim como ocorreu sobre os valores do Auxílio Emergencial na época da pandemia.
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