Os efeitos do aquecimento global e das mudanças climáticas já são cada vez mais perceptíveis no nosso dia a dia. Dados da Copernicus, agência de monitoramento climático da Europa, confirmaram que 2024 foi o ano mais quente já registrado desde o fim do século de 19, quebrando o recorde anterior estabelecido em 2023.
Neste ano, o Brasil sedia a COP 30 em Belém, no Pará, entre 10 e 21 de novembro. A cúpula global do clima deve colocar o nosso país como protagonista na preservação da Amazônia, transição energética e financiamento climático, conforme os esforços para reduzir o aquecimento global se demonstram cada vez mais urgentes.
Alguns termos são usados de maneira recorrente nessa discussão: aquecimento global, efeito estufa, mudanças climáticas, crise climática, transição energética, entre outros. Mas você sabe a diferença entre eles? A CNN explica:
Os termos “aquecimento global” e “mudanças climáticas” são, muitas vezes, usados de maneira intercambiável, mas isso não quer dizer que eles signifiquem a mesma coisa.
O aquecimento global se refere ao aumento das temperaturas a longo prazo do nosso planeta causado por atividades humanas, observado e documentado desde o período pré-industrial, no fim do século 19.
Desde então, estima-se que atividades humanas – principalmente a queima de combustíveis fósseis – já tenham aumentado a temperatura da Terra em mais de 1 °C, e este número segue aumentando.
Efeito estufa
O aquecimento do nosso planeta impulsionado pela queima de combustíveis fósseis ocorre através do efeito estufa.
Ao queimar combustíveis fósseis – como carvão, petróleo ou gás –, gases de efeito estufa são emitidos na atmosfera, como dióxido de carbono e metano. Esses gases ficam “presos” na atmosfera do nosso planeta, atuando como um cobertor gasoso que retém o calor dos raios solares e aumenta a temperatura.
Diversas atividades do nosso dia a dia resultam na emissão de gases de efeito estufa, desde usar gasolina para dirigir um carro, até a atividade industrial e o desmatamento de florestas.
Mudanças climáticas
O uso do termo mudanças climáticas se refere a um conjunto mais amplo de mudanças que ocorrem na temperatura e no clima, o que também inclui o aquecimento global, mas não se limita a ele.
Ao falar de mudanças climáticas, também estamos nos referindo à elevação do nível do mar; redução de geleiras nas montanhas; aceleração do derretimento do gelo nos polos; e mudanças no comportamento da flora e da fauna.
Todas estas mudanças são resultado direto do aquecimento no nosso planeta, e costumam nos afetar mais e mais rápido do que o aumento das temperaturas em si.
“Um dos maiores fatores das mudanças climáticas é o aquecimento global, causado pela grande emissão de gases de efeito estufa”, resumiu Virginia Parente, professora do Instituto de Energia e Ambiente da USP.
Crise ou emergência climática
De uns tempos para cá, a expressão “crise climática” ou “emergência climática” também passou a ser mais utilizada por especialistas, como maneira de tentar demonstrar ao público amplo a urgência de combater o aquecimento global e suas consequências o quanto antes.
Falar em crise climática é uma maneira de atrair mais atenção ao conjunto de fatores descritos pela mudança climática e em como eles já podem ser sentidos na prática.
Transição energética
A transição energética é apontada como a solução para frear o aquecimento global e destaca a importância de reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
“Transição energética significa reduzir a participação dos combustíveis fósseis nas várias atividades humanas, como mobilidade, geração de energia, calor e vários outros. Passar a utilizar mais fontes renováveis, não combustíveis, nessas várias atividades. E, ao mesmo tempo, ampliar a eficiência energética, ou seja, fazer mais com menos”, disse Parente.
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