Pelo menos 14 pessoas presas durante a crise pós-eleitoral na Venezuela foram soltas entre terça (9) e quarta-feira (10), informou o diretor da organização não governamental Foro Penal, Alfredo Romero, nas redes sociais.
A ONG, que promove a defesa dos direitos humanos e a assistência às vítimas e familiares de detenções arbitrárias no país, explicou que oito dos libertados são menores de idade.
A CNN consultou o Ministério Público sobre as divulgações e aguarda resposta.
Em meados de novembro, o procurador-geral do país, Tarek William Saab, anunciou que 225 pessoas que foram presas durante os protestos após as eleições de julho haviam sido libertadas. Esse número contrastava com o do Foro Penal e de outros grupos civis, que relataram que apenas um pouco menos da metade das solturas havia ocorrido.
As detenções na Venezuela foram desencadeadas durante e após as manifestações convocadas depois do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter declarado o presidente Nicolás Maduro vencedor das eleições de 28 de julho, sem ter até agora publicado os resultados discriminados por votação.
Familiares de pessoas presas realizaram vários protestos para exigir a libertação.
De acordo com o Foro Penal, até 2 de dezembro, pelo menos 1.905 pessoas ainda estavam detidas como presos políticos. Segundo a ONG, a maior parte foi presa no contexto dos protestos pós-eleitorais de julho e, deles, 1.863 são adultos e os restantes 42 são adolescentes.
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