A Americanas publicou nesta quarta-feira (13) que teve lucro líquido de R$ 10,3 bilhões no terceiro trimestre, em um resultado recheado de efeitos gerados pelo plano de recuperação judicial da rede de varejo.
A companhia afirmou que o resultado positivo bilionário obtido entre julho e setembro decorreu entre outros fatores de “reconhecimento como receita financeira dos ‘haircuts’ gerados no momento da quitação de dívidas concursais com credores financeiros e reversão de juros e atualizações monetárias”.
Um ano antes, a rede de varejo teve prejuízo de R$ 1,63 bilhão, segundo resultado reapresentado citado pela empresa nesta quarta-feira.
A Americanas teve receita líquida praticamente estável ano a ano (+0,6%), a R$ 3,2 bilhões, com o faturamento de varejo físico e digital subindo 4,9% na mesma base.
As vendas no conceito “mesmas lojas”, importante indicador de desempenho financeiro no varejo, cresceram 13,6% no terceiro trimestre quando comparado ao mesmo período do ano anterior.
A empresa afirmou que desconsiderando “o efeito da queda das vendas de itens de tíquete mais alto, os quais descontinuamos, as vendas mesmas lojas teriam sido aproximadamente três pontos percentuais maiores”.
A Americanas também disse que o fechamento de lojas com baixo desempenho de vendas e rentabilidade também apoiou a métrica de mesmas lojas, e que já iniciou a busca por novos pontos com “melhor potencial de rentabilidade”.
“Analisamos detalhamente a performance de cada uma das lojas e concluímos que existe um grupo que não reverteria resultados nem após a implementação das novas estratégias”, disse. A Americanas fechou 21 lojas no terceiro trimestre, encerrando setembro com uma base de 1.601 pontos ante 1.678 um ano antes.
O resultado é o primeiro divulgado pela Americanas após capitalização e pagamento de credores. A companhia encerrou o trimestre com dívida bruta de R$ 1,7 bilhão, após reperfilamento dos credores financeiros, ante R$ 45,2 bilhões em junho deste ano, fechando o período com um caixa líquido de R$ 482 milhões.
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