A ministra do Planejanento e Orçamento (MPO), Simone Tebet disse em evento na capital paulista nesta sexta-feira (29) que ela e outros quadros da equipe econômica foram “vencidos” na decisão do governo de casar o anúncio do pacote de corte de gastos à expansão da isenção do imposto de renda.
“Houve uma decisão política. Alguns foram vencidos, e eu fui uma das vencidas. É natural da política”, disse.
Tebet indicou que no anúncio, porém, o governo sinalizou que não trabalha com “dois pesos e duas medidas”, ao apresentar as devidas compensações à renúncia tributária proposta – movimento que cobrou do Congresso durante a tramitação da prorrogação da desoneração da folha.
“Não estamos entregando a reforma da renda sem dar a contrapartida, de onde virá essa receita”, disse. O governo propôs a taxação de indivíduos super-ricos como compensação.
Em sua fala, a ministra ainda indicou que, mesmo que a reforma só valha a partir de 2026, a sua renúncia de receitas é inferior ao corte proposto para 2025, considerando o pente-fino do governo em benefícios sociais e as contenções propostas pela equipe econômica.
A fala de Tebet a jornalistas ocorreu após almoço com banqueiros e CEOs promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também esteve presente e comentou anúncios do governo.
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