A Austrália aprovou recentemente uma lei inédita no mundo que proíbe o uso de redes sociais por adolescentes menores de 16 anos. As empresas de tecnologia já foram notificadas e, em caso de descumprimento, podem ser multadas em mais de R$ 190 milhões.
Para discutir os impactos dessa medida e o uso de redes sociais por jovens, o especialista em educação do Instituto Alana, Rodrigo Nejm, concedeu uma entrevista à CNN.
Impactos das redes sociais no desenvolvimento infantil
Nejm ressaltou que as plataformas de redes sociais não foram projetadas para crianças e adolescentes, alertando para os prejuízos que podem causar ao desenvolvimento. “As plataformas contêm conteúdos, informações que têm enormes prejuízos no seu desenvolvimento e há um desafio muito grande de evitar com que crianças pequenas acessem essas plataformas”, afirmou.
O especialista destacou impactos na auto-imagem, socialização e na forma como os jovens lidam com a informação. Além disso, mencionou problemas relacionados à disseminação de informações falsas e ao contato acelerado e fragmentado com as informações, característico das redes sociais.
Consequências para a saúde física e mental
Nejm também abordou as consequências do uso excessivo de redes sociais para a saúde física e mental dos jovens. Ele mencionou impactos no sedentarismo, na qualidade do sono e na saúde mental, ressaltando que “9 em cada 10 brasileiros e brasileiras reconhecem que há um problema quando a gente pensa o uso das redes sociais por crianças e adolescentes”.
O especialista enfatizou a importância do contato com a natureza e da interação social sem a mediação de telas para o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes. “A gente precisa com a consciência repensar isso. Não é saudável para nenhum ser humano deixar de ter contato com a natureza, deixar de ter contato com as outras crianças no espaço coletivo para poder brincar sem a mediação das telas”, alertou.
Responsabilidade compartilhada
Por fim, Nejm ressaltou que a responsabilidade pelo uso saudável da internet por crianças e adolescentes não deve recair apenas sobre as famílias e escolas. Ele defende que as empresas que criam as plataformas também têm o dever de cuidar para que as crianças menores não estejam nesses espaços e que esses ambientes sejam mais saudáveis para todos os usuários.
“Protegendo as nossas crianças na internet e não da internet, a gente consegue ficar com as boas oportunidades que as tecnologias têm para todas as idades”, concluiu o especialista.
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