A vereadora Sandra Santana (MDB) defendeu em entrevista à CNN que um teleférico na Brasilândia, na Zona Norte da cidade de São Paulo, teria como principal objetivo facilitar a locomoção da população na região, mas também prevê que o projeto, caso implantado, atraia turistas.
O trajeto inicial do teleférico sairia das proximidades do CEU Paz, no Jardim Paraná, e terminaria na futura estação Brasilândia da Linha 6-Laranja do metrô, que tem previsão de ficar pronta em outubro de 2026.
A partir dali, as pessoas transitariam para as demais regiões de São Paulo.
Além da atratividade do teleférico em si e de sua vista panorâmica, a vereadora destaca que este trajeto ligaria uma série de equipamentos culturais e esportivos — a começar pelo CEU Paz.
No caminho, há ainda a Fábrica de Cultura Brasilândia, voltada a atividades artísticas e interações comunitárias, por exemplo.
“A ideia é de que seja um transporte para as pessoas daquela localidade. Mas não descarto que passe a ser procurado para turismo. Isso significa geração de emprego e renda”, defendeu à CNN a vereadora.
De autoria de Sandra Santana, o projeto de lei (PL) 32/2025 visa incluir o teleférico como modalidade de transporte coletivo na capital paulista.
O projeto tem como referência sistemas adotados em Santo Domingo, na República Dominicana, e em La Paz, na Bolívia — que se tornaram atrações turísticas após a implantação.
A extensão do trajeto do teleférico da Brasilândia seria de 4,6 km, distância percorrida em velocidade média de 18 km/h. Seriam atendidos 3.210 passageiros por hora nos dois sentidos.
A previsão é que o transporte tenha 15 segundos de intervalo entre cada veículo.
A Brasilândia foi o local escolhido, em primeiro lugar, pela densidade populacional: “A ideia é que as pessoas daquela localidade consigam se locomover mais rápido”, disse Sandra Santana.
O distrito abriga cerca de 250 mil pessoas, sendo um dos dez mais populosos da maior cidade do país.
Um segundo ponto é a topografia acidentada e a forma geométrica da região, que se eleva abruptamente em relação ao restante da cidade, tornando o acesso e a mobilidade mais desafiadores.
A área é marcada por ruas estreitas e íngremes, que dificultam o trânsito e o transporte de cargas e passageiros.
Tempo de trajeto
Atualmente, ainda sem a estação Brasilândia do metro pronta, a principal “porta de saída” do distrito é o terminal de ônibus Vila Nova Cachoeirinha.
De ônibus, o trajeto entre o Jardim Paraná e o terminal leva cerca de uma hora. O tempo estimado de transporte via teleférico, entre o CEU Paz e a futura estação de metrô, é de 20 minutos, segundo a vereadora.
A reunião junto ao prefeito aconteceu na última terça-feira (25). Segundo Sandra Santana, o prefeito da capital paulista Ricardo Nunes se mostrou animado com a proposta e pediu mais informações e estudos técnicos sobre a implantação.
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