Israel está observando atentamente os acontecimentos na Síria, disse o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, neste domingo (1°).
“Estamos constantemente observando os acontecimentos na Síria. Estamos determinados a defender os interesses vitais de Israel e a manter as conquistas da guerra”, pontuou Netanyahu, enquanto visitava novos recrutas militares em uma base no centro de Israel.
Insurgentes invadiram a cidade síria de Aleppo, a leste da província de Idlib, na noite de sexta-feira (29), forçando o Exército sírio a se mobilizar novamente no maior desafio ao presidente Bashar al-Assad em anos.
Entenda o conflito na Síria
A guerra civil da Síria começou durante a Primavera Árabe, em 2011, quando o regime de Bashar al-Assad reprimiu uma revolta pró-democracia.
O país mergulhou em um conflito em grande escala quando uma força rebelde foi formada, conhecida como Exército Sírio Livre, para combater as tropas do governo.
Além disso, o Estado Islâmico, um grupo terrorista, também conseguiu se firmar no país e chegou a controlar 70% do território sírio.
Os combates aumentaram à medida que outros atores regionais e potências mundiais — da Arábia Saudita, Irã, Estados Unidos à Rússia — se juntaram, intensificando a guerra no país para o que alguns observadores descreveram como uma “guerra por procuração”.
A Rússia se aliou ao governo de Bashar al-Assad para combater o Estado Islâmico e os rebeldes, enquanto os Estados Unidos lideraram uma coalizão internacional para repelir o grupo terrorista.
Após um acordo de cessar-fogo em 2020, o conflito permaneceu em grande parte “adormecido”, com confrontos pequenos entre os rebeldes e o regime de Assad.
Mais de 300 mil civis foram mortos em mais de uma década de guerra, de acordo com a ONU, e milhões de pessoas foram deslocadas pela região.