As ações do Itaú lideram a carteira de recomendações da CNN pelo sexto mês consecutivo. No levantamento para novembro, foram consideradas as análises de sete instituições: Ágora, BTG, XP, Santander, Empiricus, EQI e Genial.
Outubro foi marcado por tensão no mercado financeiro. De um lado, pesavam as expectativas com as eleições dos Estados Unidos; do outro, o cenário fiscal. Não obstante, o período encerrou com o dólar em alta de 6,1% e o Ibovespa com queda de 1,58%.
“Em outubro, vimos uma correção nas ações globais, à medida que os mercados voltaram sua atenção para as eleições nos EUA e a temporada de resultados. No
Brasil, tivemos mais um mês negativo, com o cenário macro doméstico — taxas mais altas e preocupações fiscais — pressionando os ativos”, avalia a XP em seu relatório mensal.
A casa de investimentos ressalta que os “ventos contrários” ainda pressionam a bolsa nacional, tanto por conta da vitória de Donald Trump na corrida pela Casa Branca — cujas políticas econômicas podem pressionar dólar, inflação e juros — quanto por fatores domésticos.
Ainda assim, o Ibovespa segue resiliente, oscilando em torno dos 130 mil pontos. Desse modo, as opções para o mês giram em torno de ações fortes e mais seguras.
Por tanto, as dez empresas mais indicadas para se investir no mês foram:
- Com seis indicações: Itaú;
- Cinco indicações: Petrobras;
- Quatro indicações: Cyrela, Eletrobras e Sabesp;
- Três indicações: Equatorial, Localiza, Vale, JBS e Prio.
“Diante dos resultados do 1º semestre de 2024 e do guidance de 2024 (R$ 40 bilhões de lucro líquido no ponto médio, implicando um crescimento de 12% a/a), fica claro que o Itaú se encontra num melhor momento operacional que os pares privados sob nossa cobertura”, aponta o Santander.
Enquanto isso, o BTG defende que o cenário é propício à tomada de risco.
“Neste momento, há muito risco precificado no valuation dos ativos brasileiros. Os investidores continuam céticos quanto à possibilidade de esse governo anunciar um pacote de medidas considerável e confiável para reduzir estruturalmente as despesas”, diz.
“Mas as expectativas são tão baixas que um pacote maior poderia ajudar a reduzir o grande prêmio implícito nas taxas de longo prazo do Brasil”.
Também olhando para o cenário internacional, os analistas do BTG apontam uma propensão para inclusão de risco em seu portfólio.
“Os resultados do terceiro trimestre não serão espetaculares, mas o próximo Plano Estratégico de 5 anos apresenta uma relação de risco/retorno atraente. O capex de 2025-26 pode ser reduzido, abrindo caminho para mais dividendos”, diz o relatório.