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Após descobrir um suposto triângulo amoroso envolvendo a mulher, a irmã e o cunhado, o comerciante Igor Peretto, 27 anos, foi morto a facadas em Praia Grande, no litoral paulista. Veja quem era a vítima.
De acordo com o Ministério Público, ele foi assassinado porque, após a descoberta, os suspeitos passaram a considerar Igor como um “empecilho” para o relacionamento entre os três.
Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), Igor foi morto com 11 facadas, sendo sete na região do tórax, três na cabeça e no rosto e uma nas costas. O crime ocorreu no apartamento de Marcelly Peretto, 21, irmã da vítima, entre 5h45 e 6h05 do dia 31 de agosto.
Além de Marcelly, são considerados suspeitos: Rafaela Costa da Silva, 26, mulher de Igor, e Mario Vitorino da Silva Neto, 23, companheiro de Marcelly e cunhado da vítima.
Veja como foi o crime:
4h38
Mulher da vítima, Rafaela (de tênis, com o celular na mão), chega no prédio de Marcelly por volta das 4h38 –cerca de duas horas antes do crime.
4h40
Câmera de segurança flagra um abraço entre Rafaela e Marcelly no elevador pouco antes do momento em que o irmão dela seria assassinado a facadas.
5h40
Uma hora após o registro do abraço e minutos antes do assassinato, Rafaela –mulher da vítima– deixa o apartamento de Marcelly, onde ocorreu o crime.
5h43
Mario e Igor chegam ao prédio por volta de 5h43. Segundo as investigações, Igor foi atraído ao local do crime em emboscada montada pelos suspeitos.
5h43
Pouco antes do crime, Igor (à direita) é visto em câmera de segurança no momento discutindo com Mario –que, segundo as investigações, foi o autor das facadas contra a vítima.
6h04
Alguns minutos depois do crime contra Igor, Mario e Marcelly descem para a garagem do prédio e deixam o local.
6h05
Mario e Marcelly entram no carro do suspeito e deixam o prédio onde ela mora. Ela trocou de roupa enquanto esteve no local.
6h13
Cerca de 25 minutos depois do crime, Mario e Marcelly vão até o apartamento dele. Câmera de segurança mostra ela abraçada com o suspeito no elevador e apoiando o a cabeça em seu peito.
8h48 (aproximadamente)
Mario e Marcelly se encontram com Rafaela em um posto de combustíveis na rodovia Carvalho Pinto, em Caçapava –cidade no interior de São Paulo localizada a quase 200 quilômetros do local do crime.
De acordo com as investigações, Rafaela abandonou o automóvel dela em Caçapava e entrou no carro de Mario, onde Marcelly também estava.
9h47
Os três suspeitos chegam na cidade de Campos do Jordão (a 245 quilômetros do local do crime e a 60 quilômetros de Caçapava).
As investigações indicam que, de lá, Marcelly –irmã da vítima– teria pego um carro de aplicativo para voltar para Praia Grande.
12h28
Mario e Rafaela –mulher do homem morto– se hospedam em um motel em Pindamonhangaba, também no interior paulista.
Eles teriam ficado lá até 15h37 e, em seguida, abandonado o veículo no centro da cidade.
O que dizem as defesas dos suspeitos
Em nota, a defesa de Mario afirmou que “a investigação se mostrou confusa ao apontar um viés econômico, ignorando inúmeras provas que indicam o crime de ímpeto” e reafirmou o compromisso com a “Justiça corretamente aplicada ao caso concreto”.
A defesa de Marcelly explicou que a irmã da vítima estava em sua casa, deitada na sua cama, quando Igor e Mario chegaram discutindo.
“Mario entrou direto no apartamento pois ainda tinha a senha. Igor, nervoso, chutou uma porta que tinha um espelho e o quebrou. Em seguida, Marcelly, nua, saiu da cama e foi para o cômodo ao lado vestir uma roupa. Ela narra que estava atordoada pois costumava beber.”
Como a discussão não parava, “após achar roupa e se vestir, voltou ao quarto e começou a gritar por socorro”. “[Ela] Viu Mário saindo de cima do seu irmão mas não presenciou facadas”, disse a defesa de Marcelly.
A CNN tenta localizar a defesa de Rafaela.