O Rio de Janeiro recebe nesta segunda-feira (28) a 14ª edição do CNN Talks para debater o potencial sustentável do estado.
Realizado na Casa G20, na capital fluminense, o CNN Talks: Potencial Sustentável do Rio de Janeiro coloca em pauta a vocação energética do estado, buscando entender o que os setores público e privado já estão desenvolvendo para transformar o Rio na capital da energia limpa.
Nesse sentido, o vice-presidente de Sustentabilidade da Ambipar, Rafael Tello, defende que é necessário que o governo cultive no país um ambiente onde “o sustentável seja mais atrativo que o insustentável”.
Tello é um dos painelistas do evento, que em paralelo aos debates participa de entrevistas no estúdio montado na Casa G20.
Entre os presentes, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), ministrou o painel de abertura do evento, no qual defendeu que o Rio é a “capital energética do Brasil”.
“Tenho falado muito desta vocação do Rio de Janeiro. Durante muito tempo só se falou da questão do turismo e do serviço, mas o Rio é claramente a capital energética do país”, disse.
O Rio de Janeiro é responsável por cerca de 85% da produção de petróleo e cerca de 78% da produção de gás natural país.
O governador defendeu o gás natural como “combustível da transição” e disse que a reinjeção hoje é maior que “a necessária”.
“Acho que a gente reinjeta mais que o necessário. Podemos aproveitar melhor este gás”, defendeu. Na reinjeção, o gás não é utilizado como matéria-prima, mas para aumentar a extração de petróleo.
Também participam o secretário estadual do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, Bernardo Rossi; o presidente do Porto do Açu, Eugênio Figueiredo; o CEO da Vibra, Ernesto Pousada; a superintendente de Transição Energética e Clima do BNDES, Carla Primavera; e o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia.
Sustentabilidade e empreendedorismo
O diretor de engenharia da Nestlé Brasil, Donir Costa, afirmou em entrevista à CNN que, na perspectiva da empresa, a sustentabilidade não é “um luxo”, mas uma questão “vital”.
Na entrevista, o representante explicou que, na produção de chocolate, por exemplo, o esforço pela sustentabilidade começa no cultivo do cacau, com incentivos à preservação de solo, águas e biodiversidade, e vai até as fábricas, através do uso de energia limpa.
A meta global da Nestlé é de reduzir as emissões de carbono em 50% até 2030 e se tornar net zero até 2050.
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, defendeu que a autonomia das agências reguladoras garantem atração de investimentos ao país.
E para promover esses aportes, a superintendente de Transição Energética e Clima do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carla Primavera, disse que a instituição quer ser mais uma das “vantagens comparativas” do Brasil na agenda verde.
De acordo com Primavera, esta agenda é prioritária no Banco. Na participação, ela destacou financiamentos a projetos para hidrogênio verde e combustível sustentável de aviação, por exemplo.
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Com informações de Danilo Moliterno, da CNN Brasil