Embora a inflação no setor de alimentos fora do domicílio tenha registrado uma alta de 0,34% em setembro, o aumento dos preços em bares e restaurantes não são repassados aos consumidores, diz a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi a 0,44% no último mês, segundo dados publicados nesta quarta-feira (9).
O segmento de alimentos e bebidas apresentou um aumento de 0,5% no período, uma das maiores pressões para a variação de preços, ao lado do encarecimento da energia.
“Apesar do cenário de alta nos custos com insumos, energia e folha de pagamento, temos conseguido, com muita dedicação, manter o impacto nos preços para o consumidor final o mais controlado possível”, diz Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
Entre os itens de maior impacto para os estabelecimentos, o subitem refeição desacelerou de 0,44% em agosto para 0,18% em setembro, enquanto o lanche acelerou de 0,11% para 0,67%.
A alta do segmento de lanche chamou a atenção da associação. De acordo com Solmucci, a maior demanda por esse tipo de refeição contribui para os estabelecimentos recomporem os preços.
Apesar disso, o presidente afirma que o setor ainda enfrenta dificuldades para repor totalmente as perdas dos anos recentes, e muitos só conseguiram sobreviver até agora porque houve um aumento de produtividade.
Além disso, a alta nos custos de energia com a bandeira vermelha patamar 2 também preocupa a associação. A medida, diz o presidente, reforça os pedidos de retorno do horário de verão pelo setor.
“Acreditamos que a mudança nos relógios pode causar um impacto positivo no movimento de fim do dia dos estabelecimentos, trazendo um aumento de até 15% no faturamento mensal”, diz.
Acompanhe Economia nas Redes Sociais