O Brasil exportou 4,46 milhões de sacas de café em setembro, de acordo com relatório do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) publicado nesta quarta-feira (9).
O resultado foi 33,3% maior que o de setembro de 2023, e marcou um recorde para o mês.
A receita com as exportações foi de US$ 1,194 bilhão, alta de 84,5% no período, também uma marca histórica para o mês.
Já no acumulado do ano, o país registrou o recorde de 36,4 milhões de sacas exportadas, resultado 38,7% maior em comparação ao período de janeiro a setembro de 2023. O fluxo foi de US$ 8,451 bilhões.
Apesar das máximas históricas, a Cecafé pontua que problemas logísticos no escoamento da produção prejudicou o desempenho da atividade.
Entre os obstáculos apontados no relatório estão a falta de estrutura e espaço nos portos brasileiros e uma maior demanda por contêineres para embarques, principalmente pelos produtores de café, açúcar e algodão.
“Infelizmente, não tivemos alteração no cenário logístico e seguimos nos deparando com grandes e constantes atrasos de navios para exportação, abertura de gates com tempo limitado, pátios de portos abarrotados e cargas que chegam do campo e não conseguem ser despachadas, gerando elevados custos extras aos exportadores”, explica Márcio Ferreira, presidente do Cecafé.
Conforme a instituição, o cenário impede o embarque de aproximadamente 2 milhões de sacas de café, “ampliando os prejuízos das empresas exportadoras e a não entrada de milhões de dólares como receita ao Brasil”, diz o presidente.
Os resultados recorde têm sido observados por conta de um esforço por parte das equipes logísticas dos exportadores e do alinhamento entre a entidade e autoridades portuárias para mitigar as consequências dos atrasos e seguir cumprindo com seus compromissos, avalia Ferreira.
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